sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Chapter IX – 2 – Libertação

Quando me dei conta estava em uma plataforma rodeada de névoa, havia sido teleportado novamente e estava sozinho, o cheiro de enxofre era realmente degradante ao olfato, mas não tanto quanto aquele maldito labirinto…

- Isso aqui tá parecendo um Videogame, e a porra da minha paciência só tem uma life…

Me pergunto o porque de tudo isso, não estava me preocupando muito com o destino de tudo ali,  afinal meu namoro já não ia as mil maravilhas e isso o degradou mais ainda. Não sei mais pelo que lutar, se esta certo oque Deus julga ou oque nós mortais achamos correto…

Me lembro de memórias tenras, quase esquecidas, que não vem ao caso desenterrar, me questiono pelo que lutar, se oque realmente importa são pessoas e sentimentos que sabe-se lá se irão te acompanhar para sempre…

- Vinde a mim, filho… – uma luz se materializou no lado oposto da plataforma, se dirigindo a mim com uma voz serena e profunda.

- Você obviamente não é Deus, e mesmo tentando se passar por ele não vai conseguir papo, então vá logo e se mostre como é antes que eu te faça ver como o fio da minha glaive esta perfeito…

- Você me surpreende por se impor diante de tal presença, Senhor Luchi… – a luz se desfez dando lugar a um homem bem apessoado , de aparência tranquila, trajes soturnos e longos, um olhar morto e penetrante – Você tem as perguntas, pois eu lhe mostro as respostas… – disse estendendo a mão que segurava um amuleto negro.

Não é a toa que te chamam de coisa ruim… – retirei meu crucifixo e estendi a outra mão para pegar o objeto - Não interessa oque tenho que fazer, quero apenas saber…

Ele riu enquanto pegava de sua mão fria o amuleto, ao mesmo tempo que meu crucifixo escapava da minha mão.

Ao colocar o amuleto escutei o barulho de metal se partindo e vi de relance o crucifixo partido em dois no chão enquanto apreciava minha nova aquisição…

Dor, Ódio, Agonia, Desespero, Terror, todos os sentimentos reprimidos se rebelando em energia maciça, enquanto me corpo reagia sozinho as imensas massas de energia que se instalavam nele, todo o inferno ecoando em minha cabeça em gritos de horror e desespero, tudo vindo em uma enxurrada em que mal podia ouvir meus próprios gritos.


Silencio….


- Amor, é você?

O liquido quente escorrendo da lamina de minha glaive e pela minha mão era sangue…

- Não, não existe mais essa coisa inutil em mim… – sussurrei em seu ouvido enquanto aos poucos aprofundava mais a lamina em seu abdomen, não me lembrava de nada mas aquilo, me completava de alguma forma…

- P-Porque?

- Cale a boca e apenas morra… – e assim retirei a glaive de seu abdômen, removendo todo o sangue de minha arma em um movimento rápido, guardando-a em minhas costas denovo.

Enquanto seu corpo caia sem vida, eu a olhava com satisfação inexplicável, era fabuloso, mas meu momento de reflexão foi interrompido por barulhos vindos de traz de uma porta, algo me dizia que eram meus companheiros. Peguei o corpo no colo e me dirigi até eles.

- A encontrei morta, assim como meu antigo eu – sussurre ia mim mesmo antes de abrir a porta…

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Chapter IX - Conflito

O vento vindo do outro corredor soprava pela sala...O cheiro de sangue ainda era intenso, estavamos todos em silêncio. Tudo que eu ouvia além do vento era a respiração da Gabi....

- Gabi...?. - Luchi, um pouco surpreso com a cena, disse.

Eu não precisava olhar pra trás para saber que os olhos dela estavam direcionados para mim e, principalmente, o que isso significava...Sua respiração estava elevada, logo podia deduzir que seu coração estava batendo forte, o que não é muito normal...afinal...Ela só me jogou uma unica flecha.

- Não aguento mais esse tipo de atitude !. - Ela disse, ainda com a voz elevada.

Virei minha cabeça levemente pra esquerda e respondi:

- Isso não é motivo para você me jogar uma flecha....

- Você continua á agir com indiferença á isso tudo !.Todas essas pessoas morrendo, familias sendo destroçadas, a humanidade sendo dizimada e você continua agindo como se nada estivesse acontecendo !. - Ela retrucou.

Fiquei em silêncio por alguns segundos. Logo me virei e olhei fixamente em seus olhos. Não era o mesmo olhar que eu conheço da Gabi...Há raiva nele....

- Continua não sendo motivo para você me atirar uma flecha... - Respondi.

- Ei, acalmem-se, os dois!. - Pedro, também surpreso com a cena, pediu.

- Kurenai...Não adianta, ela não vai se acalmar... - Respondi.

- Cale a boca!. - Gabi retrucou em vóz alta, atirando outra flecha.

Transformei meu cajado numa espada e rebati a flecha contra a parede. Ainda olhando fixamente para os olhos dela, dei um leve sorriso e abaixei minha cabeça.

- .....Entendi..... - Disse, empunhando minha espada e a apontando em direção á Gabi enquanto ela logo revelou um arco feito de sua própria aura e o apontou para mim.

- Thomas, agora!. - Luchi gritou.

Luchi e Thomas empunharam suas armas. Luchi saltou até a frente de Gabi enquanto Thomas saltou e correu em minha direção, parando na minha frente com sua montante empunhada na minha frente.

- Não vamos deixar que vocês continuem!. - Luchi gritou com uma vóz firme. Eu já imaginava que ele faria algo desse tipo... Ao mesmo tempo, estou começando á compreender o motivo dos reis magos terem nos levado até esse lugar. Abaixei a espada e disse:

- Como quiser...

Gabi abaixou seu arco e se sentou no chão. Luchi se aproximou dela e começou á consola-la. Thomas guardou sua montante e seguiu Pedro até o portão.

- Vamos. - Pedro disse em vóz alta, olhando para todos nós. Me levantei e caminhei até o portão ao lado de Luchi e Gabi, que estavam em silêncio. Pedro abriu o portão e entramos por ele. Logo estava tudo em branco e repentinamente todos desapareceram...Eu tinha a sensação de que estava caindo mas olhei para baixo e não estava.

Ao olhar novamente, estava no solo, um piso familiar. Quando olhei para frente, percebi que estava numa sala de aula vazia...Uma sala de aula da minha antiga escola. Creio que seja apenas mais um dos 'labirintos' desse lugar. Caminhei até fora da sala, o corredor estava vazio e todas as outras portas trancadas. Procurei se havia alguem nas outras salas e não, estava tudo completamente vazio. Desci as escadas e vi que o portão para a parte externa do pátio e o portão para o outro corredor estavam trancados...Acho que realmente é pra cima que eles querem que eu vá. Subi as escadas até o quarto andar, antes verificando em cada andar se havia alguem nas salas. Chegando no quarto andar, também estava tudo trancado e o local estava deserto....

Mas logo começei á ouvir uma melodia de piano vindo do auditorio. Segui até o portão do auditorio e percebi que ele não estava trancada. Abri o portão, o som do piano ficava mais alto e logo vi Gaspar tocando o piano no palco do auditorio até perceber minha presença.

- Então você chegou... - Ele disse dois segundos após parar de tocar, se levantando da cadeira e se virando em minha direção enquanto eu empunhava meu cajado e o transformava em um sabre, apontando-o para ele. Gaspar sorriu e disse.

- Cuidado com o que você fará com esse sabre... Pode acabar machucando seus amigos.

Gaspar estalou seus dedos e todo o auditório começou á desmoronar, dando lugar á uma câmara com lava correndo debaixo de nós. Logo ouvi gritos de sofrimento e ao olhar pros lados, haviam cruzes com espinhos e neles, todas as pessoas que realmente tinham alguma importância para mim...Todos gritando com lava correndo lentamente pelos seus corpos enquanto os espinhos das cruzes perfuravam lentamente seus corpos...Olhei para aquilo com uma certa surpresa...Apesar de já imaginar que esse tipo de coisa aconteceria nesse lugar...

- ....Gaspar.... - Eu disse com a vóz extremamente calma e fria, transformando o sabre em foice e o apoiando no chão bem na minha frente, colocando minha mão levemente sobre sua lâmina de forma que ela não me cortasse.

-...Tem uma coisa curiosa no sofrimento deles... - Continuei á falar enquanto passava minha mão pela lâmina chegando até o cabo.

- É que....Nessa situação, meus amigos já estariam mortos... - Continuei á falar. Gaspar arregalou seus olhos enquanto eu levantava minha mão aberta pra cima.

- E, sinceramente...Se vocês estão se dando á todo o trabalho de fazerem essas coisas....É porque definitivamente nós somos um risco e tanto para Deus, não é ?....Por fim, não creio que você queira prolongar o sofrimento dessas pobres almas... - Terminei de falar, logo estalando os dedos. Nisso, as almas dos corpos crucificados foram extirpadas, mostrando que, na verdade, eram apenas esqueletos com almas implantadas. Levantei a cabeça e olhei fixamente nos olhos de Gaspar.

- O propósito de todo esse lugar é meramente tentar nos destruir por dentro fazendo conflitos fisicos e psicológicos...Nisso, vocês estão usando nossas memórias e nossas fraquezas para nos perdermos dentro de nós mesmos com uma serie de choques...A unica coisa que vocês esqueceram, principalmente da minha parte, é que minhas fraquezas nessas horas é inexistente e que eu tive de abandonar quase todos que me importavam para chegar até aqui... Então, ilusões nao me afetam. - Disse, transformando meu foice num sabre novamente e a apontando para ele.

Gaspar deu um leve sorriso e respondeu:

- Muito bem...Então vamos fazer isso da forma mais pratica.

Logo Gaspar desapareceu e em seu lugar apareceu um anjo com quatro asas, portando uma armadura pesada e duas espadas. Empunhei meu sabre e desapareci, reaparecendo atrás dele e tentando desferir um golpe que foi bloqueado por uma das espadas. Desapareci novamente antes que ele me acertasse com a outra espada. Reapareci á três metros de distância dele. Ele avançou até minha direção, me defendi do primeiro golpe e desapareci novamente. Se eu ficar muito tempo próximo dele, ele me atingirá, mas se eu ficar desviando sempre, não terei como elimina-lo...Reapareci á 5 metros do anjo e empunhei o sabre pra trás. O anjo veio em minha direção, ao ele chegar á um metro e meio de distância, transformei meu sabre em uma montante enquanto a direcionava em diagonal até o anjo, repentinamente, a lâmina atravessou a armadura e o anjo, ficando negra. O anjo caiu e desapareceu...Sua alma estava na lâmina da minha monante e logo foi absorvida.

Um portão se abriu atrás de mim. Entrei nele e fui caminhando pelos corredores. Nesse tempo, pensei sobre como estão todos os meus amigos...Se estão vivos ou mortos, se estão bem. Logo parei de caminhar...Não é hora de pensar nisso. Voltei á caminhar até um no fim do corredor. Ao abri-lo, havia uma sala oval iluminada. Quando fechei a porta, ela simplesmente desapareceu. Parecia estar trancado nessa sala e começei á observar o local que realmente parecia apenas uma sala normal. Dez minutos depois, Pedro entrou por uma porta que apareceu repentinamente e desapareceu ao ele fecha-la.

- Onde estamos ?. - Ele perguntou.

- Não faço a minima ideia....Seja como for, parece que estamos presos aqui. - Respondi.

Pedro se sentou no chão para descansar enquanto eu observava o local ainda.

- O que aconteceu com você antes daqui ?. - Perguntei.

- Eu estava com o Thomas em um lugar que conhecemos muito bem...De repente apareceu o Balthasar e então tudo desapareceu e quando percebi estava sozinho no corredor. - Ele respondeu.

Fiquei em silêncio e começei á pensar no nada, esperando que alguma coisa aconteça...Creio que teremos de esperar até todos chegarem. Passaram-se cerca de vinte minutos e Thomas entrou por outra porta.

- Cadê o resto ?. - Ele perguntou ao nos ver.

- Sei lá. - Pedro respondeu.

Thomas se sentou no centro da sala, olhou para mim e para Kurenai e disse:

- Vocês dois estão com uma linda cara de cu.

Começamos á rir até que outro portão se abriu e dele saiu Luchi, em silêncio com a cabeça baixa e Gabi em seu colo. Ele caminhou um pouco e depois parou ainda de cabeça baixa. Ficamos todos em silêncio, Luchi se aproximou um pouco mais e parou novamente....Olhei para Gabi percebi que seu abdomen estava sangrando, seu corpo estava mole. Luchi colocou Gabi levemente no chão, olhei mais de perto e percebi que....Gabi estava morta.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Chapter VIII - Labirinto


O corredor não parecia ter fim, já estavamos caminhando a pelo menos trinta minutos e não viamos um sinal de fim naquele corredor. Pedro caminhava na frente, Luchi e Gabi estavam do meu lado esquerdo e Thomas estava um pouco atrás de Pedro. O silêncio permanecia exatamente igual á escuridão do local, só se era possivel ver todos porque estavam por perto.




- Pessoal.... - Luchi disse, logo parando de caminhar. Olhei para trás e disse:




- Há alguma coisa vindo em nossa direção...




Thomas logo empunhou sua montante, Pedro pôs a mão na bainha de sua katana. Gabi se manteve intacta, apenas pondo suas mãos nos punhais que porta.




- Vem da direita.... - Pedro disse calmamente, olhando para a direita.




Logo estavamos todos em silêncio e ouviamos alguma coisa que parecia rastejar rapidamente....Algo que provavelmente tinha um porte grande...Rastejava mais perto a cada segundo.




- Está chegando... - Eu disse, materializando uma foice.




Pedro logo levantou um pouco de sua katana da bainha e disse:




- Três....Dois....Um...AGORA!.




A parede se quebrou e uma iluminação vinha do que a quebrou. A criatura avançou em nossa direção frenéticamente, mas já estavamos com nossas armas em frente á ele, nos defendendo do seu avanço cruel. O calor perto dele era de pelo menos quarenta graus. Logo Thomas encravou sua montante no rosto da criatura e o jogou para o outro lado, cerca de uns trinta metros longe de nós. Era uma criatura gigantesca, seu corpo era comprido, não tinha pernas, ou seja, se locomovia rastejando, seu corpo era coberto por lâminas douradas , seu rosto era um enorme olho vermelho cercado por lâminas viradas para frente.


- Um avernal.... - Comentei.


Logo a criatura avançou em nossa direção. Saltamos, Thomas logo colidiu sua montante contra a criatura e começou á desviar de seus golpes, estendi minha mão em direção á criatura, me preparando para extirpar a alma dela. A aura de luz já estava em volta da criatura e Thomas estava afastado o suficiente para não ser atingido pelo golpe.


- HT, NÃO!!!. - Pedro gritou. Mas eu já havia estalado meus dedos e a alma da criatura já estava sendo eliminada. Seu corpo começou á se decompor e logo uma grande tempestade de chamas, que saía do corpo do avernal, se alastrou pelos corredores.


- Thomas!, Gabi! - Luchi disse em vóz alta.


Thomas havia sido engolido pelas chamas juntamente com Gabi. Logo as chamas passaram e ambos estavam á salvo por um escudo espiritual criado pela Gabi. Descemos até o chão.


- Vocês estão bem ? . - Luchi perguntou.

Thomas e Gabi se levantaram, Gabi disparava seu olhar em minha direção, enquanto isso, respondeu:

- Sim, estamos...Mas o que era aquilo ?.

Pedro, olhando para o rompimento que o avernal causou respondeu:

- Era um avernal, veja-o como uma lacraia gigante com lâminas e organismos compostos de chamas....São seres inflaveis que explodem ao morrer.

- O HT, ao ve-lo disse ''um avernal''...Então você sabia disso, HT ?. Sabia que ele explodia ao morrer ?. - Gabi, olhando fixamente para mim, questionou.

Logo retribui o olhar e respondi:

- Sim, mas uma vez que você toca a alma de um ser vivo para extirpa-la, não há como voltar atrás.

Luchi, observando a discussão com um ar de tensão, respirou fundo e disse:

- Devemos seguir em frente. Gabi, se acalme, o HT não fez isso intencionalmente. HT, procure controlar mais o tempo que você demora pra extirpar a alma de um ser vivo, podemos não ter a mesma sorte no próximo avernal.

- Como quiser... - Respondi.

- Por aqui. - Pedro disse, caminhando através do rompimento.

Seguimos pela trilha criada pelo avernal, ainda estava escuro, a temperatura estava mais alta por causa das chamas, beirando uns 43ºC. Todos estavam com suas armas em mãos, não sabiamos se havia outros avernais no local. Repentinamente, tudo começou á tremer, o solo começava á se romper e as paredes estavam desaparecendo...Logo o solo rompeu e caimos, na queda, percebia que estavamos caindo no desconhecido, se houvessem lâminas abaixo, estariamos mortos, mas, subitamente, tudo ao meu redor ficou azul, eu conseguia enxergar o sol e logo cai....na areia.

Me levantei, olhei ao meu redor, a escuridão havia sumido, estavamos agora em meio á um grande deserto...

- Seja o que for isso, não estou gostando nada nada... - Luchi, ao meu lado, comentou.

- E agora, o que fazemos ?. - Perguntei.

Thomas levantou sua montante e a apontou para o Sol, dizendo:

- Simples, vamos seguir em direção ao sol.

Luchi se virou para ele e perguntou:

- Por quê deveriamos fazer isso ?.

- Pois é a unica forma de seguirmos em linha reta sem nos perdermos e ficarmos andando em circulos. - Thomas respondeu.

- Então, vamos. - Eu disse, caminhando em direção ao Sol.

- Espere HT!. - Pedro disse rapidamente.

Logo me virei e perguntei:

- O que foi ?.

- Temos de ir todos juntos, bem proximos uns dos outros, senão um de nós pode se perder e, ao que parece, se perder nesse deserto não é uma boa ideia... - Ele respondeu, com uma vóz analítica e calma.

Começamos á caminhar, o calor estava escaldante, logo tirei meu casaco e o segurei na mão. Todos já haviam tirado seus agasalhos, o vento soprava forte e...

- Ai!.

Gabi havia tropeçado e caido.
Luchi logo se abaixou e a ajudou á se levantar, perguntando:

- Está tudo bem ?.

- Sim. - Gabi respondeu.

Thomas olhou para o chão e disse, apontando para o chão:

- O que é isso ?.

Ao olhar para o chão, vi um tipo de esfera vermelha, de tamanho equivalente á minha mão. Luchi se abaixou, olhando o objeto.

- Sei lá, mas é estranho ter uma pedra gigante vermelha no meio de um deserto.

Logo Luchi encostou na pedra, que emitiu uma onda de choque e o jogou á cerca de três metros de distância. A pedra começava á emitir um brilho forte e logo a areia parecia se locomover em direção á ela, a areia começava á se acumular, criando um enorme monte que logo ganhou uma forma parecida com a parte superior de um humano de porte grande e muito forte.

- É.....Fodeu!. - Luchi gritou em vóz alta, empunhando sua glaive e saltando em direção á cabeça da criatura rapidamente, atingindo-o com um golpe certeiro. Mas a cabeça se recompôs na mesma hora, logo desferindo um soco em Luchi, que voou bem longe com o impacto.

Logo apareceram mãos de areia segurando meus pés, mas ao chuta-las, elas se desfaziam. Parece que agora todo o deserto é uma criatura...Quando olhei novamente ao meu redor, Pedro, Thomas e Luchi estavam presos por enormes mãos de areia que parecia se solidificar.

- HT, a pedra!. - Pedro gritou antes que seu rosto fosse coberto pela areia.

Logo dei um salto, entendi o que Kurenai quis me dizer...A pedra é o que está causando isso, então devo destrui-la antes que eles sejam sufocados pela areia. Transformei meu cetro em um sabre e usei o teletransporte para o mais proximo da pedra e tentei atingi-la, mas um punho de areia apareceu na minha frente, me empurrando para o solo, onde logo a areia começou á me cercar...Me prendendo em areia solida.

Ao abrir meus olhos, vi uma luz ofuscante em frente ao corpo do deserto. Ao olhar com mais atenção, percebi que eram asas, e que quem estava no ar era Gabi.

- What the... - Eu falei, sem palavras suficientes para definir o que via.

Gabi logo lançou um tipo de lança de luz em direção á pedra, atingindo-a certeiramente. Logo uma enorme tempestade de areia começou,a visão ficava mais ofuscada e tudo que eu podia fazer era fechar os olhos para não entrar areia em meus olhos, principalmente por eu estar caido no chão. Ouvia o vento soprando extremamente forte e a areia passando pelos meus meus braços e rosto...E, por um momento, parecia estar sendo soterrado e do nada....

Silêncio....

Ao abrir meus olhos, eu estava em um local limpo, parecia o salão do castelo, virei minha cabeça para a esquerda e vi o grande portão pelo qual entramos, logo deduzi, estava no castelo novamente. Percebi estar agasalhado e ao levantar meu braço, vi que estava com meu sobretudo e que meu cajado estava na minha outra mão, me levantei, olhei ao meu redor: não havia ninguem no grande salão além de mim. Porém, um portão no centro da sala estava aberto....

Caminhei em direção á ele, meu corpo estava um pouco cansado, e tudo que estava acontecendo parecia cada vez mais confuso. Definitivamente, esse lugar não é normal, parece que fui parar em um enorme jogo...Inumeros pensamentos estavam na minha cabeça enquanto eu caminhava pelo corredor que parecia infinito...Me perguntava onde eu realmente estava... E, principalmente, se eu não estava sendo uma marionete dos reis magos nesse castelo....

Logo avistei uma porta e continuei caminhando até ela...Ao abri-la, percebi que Luchi, Gabi, Thomas e Pedro também abriram outros portões que levavam á mesma sala ao mesmo tempo.

- Como assim!?. - Gabi se perguntou.

- Isso sim foi algo estranho. - Comentei, olhando pasmo para os lados.

Tochas começaram á se acender sozinhas, e mais adiante, havia um grande portão.

- Vamos. - Luchi disse, com um tom de vóz seco, parecendo estar impaciente com as situações que estamos passando.

Seguimos até o portão, mas antes que entrassemos, comecei á sentir um cheiro forte de sangue que vinha do outro lado da porta.

- Pessoal... Esperem. - Eu disse.

- O que foi HT ?. - Pedro perguntou.

- Antes de abrirmos esse portão, quero deixar claro, estejam prontos pra ver qualquer tipo de horror ai dentro... - Respondi.

Gabi olhou para mim e perguntou:

- Por quê diz isso ?.

- Porque há um cheiro forte de sangue e carnificina do outro lado... - Luchi respondeu.

- Estão realmente prontos para ver qualquer coisa ?. - Perguntei.

O silêncio permaneceu por um tempo, porém, Thomas se voltou para a porta e disse:

- Não temos tempo para isso.

Thomas abriu a porta. Do outro lado dela, havia homens ensanguentados e crucificados, com seus corpos em carne viva, gritando desesperadamente de dor...Suas cruzes cobertas por espinhos, fazendo com que seu sangue respingasse pelo solo. Olhavamos aquilo em choque, foi a cena mais horrenda que já vi em toda a minha vida...Seus grtos ecoavam pelo salão, eu observava que até o Thomas, que parece ser tão valente, estava em choque com a cena. Gabi fechou seus olhos e tampou seus ouvidos, horrorizada com a cena, enquanto Luchi e Pedro olhavam para o local procurando entender o que era aquilo....Haviam pelo menos vinte homens crucificados, e eles pareciam estar lá á um bom tempo. O cheiro de sangue estava muito mais forte...

Fechei meus olhos e estendi os braços, dei alguns passos para frente enquanto preparava o fim do sofrimento das almas deles...Afinal, um homem normal já estaria morto naquelas circunstâncias...Então...

- Chega... - Eu disse, ao abrir meus olhos e estalar os dedos. Extirpando a alma de todos os homens de uma vez só. Começei á caminhar até o proximo portão, sem olhar para os lados. Ao chegar perto do portão, vejo uma flecha de luz ser lançada ao meu lado.

- Chega!!. - Gabi disse em vóz alta.


Uma Pequena Mensagem

Ola leitores do Pensamentos Paralelos, inicialmente, gostaria de pedir desculpas pela ausência de postagens da continuidade de Colera de Deus. Tive motivos de força maior que me afastaram temporariamente do blog. Mas agora estou de volta, essa semana voltarei á postar a obra Colera de Deus, começando pelo capitúlo oito: Chapter VIII - Labirinto. Espero que compreendam minha ausência e que gostem da continuidade...Meu tempo afastado me deu pensamentos suficientes para preencher o vacuo que ficou nesse meio tempo....Quanto aos posts:

- Serão feitos semanalmente todo domingo, tendo apenas adiantado o Capitúlo 8, qualquer mudança na data de postagens será por imprevistos. -


Agradeço sua atenção.


Grixis.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Chapter VII - O Outro Lado

Estava frio e gelado, o silêncio era iminente, só o que se ouvia era a ventania, o castelo era escuro, não parecia ter luz lá dentro, também não havia sinal de vida....Era um lugar um pouco assustador. Ao nosso redor não havia nada, Thomas, Luchi e Gabi se levantaram antes de mim e estavam rodeando o local, só o que vejo são florestas e o castelo....Mas creio que não são as florestas que devemos ir.

- Onde estamos ?. - Kurenai, que se levantou do meu lado, perguntou.

- Não faço a minima ideia. - Respondi, olhando para as janelas do castelo, estavam todas fechadas. Thomas, Gabi e Luchi estavam já mais á frente, olhando para o portão do castelo. Eu e Kurenai fomos até eles.

- Vejamos....do Rio de Janeiro até um castelo que fica sei lá onde....É, isso sim é uma viagem de ferias. - Luchi disse sarcásticamente.

- Os magos....Disseram que deveriamos encontrar á nós mesmos....O que isso significaria ? E como eles nos levaram até aqui ?. - Thomas se perguntou.

Pedro deu um passo á frente e os portões do castelo se abriram. Logo ele olhou para trás e disse:

- Creio que... Devemos entrar.

Caminhamos até dentro do castelo. A primeira coisa que vimos era um salão enorme, iluminado por velas, o tapete do qual pisavamos era vermelho, não continha nenhum simbolo. Continha comodos, grandes poltronas, armários....Como um tipico castelo....Porém só havia uma entrada para os outros corredores, localizada no canto esquerdo. Caminhamos até lá e abrimos a porta, vimos um vasto corredor e fomos caminhando por ele. Não havia janelas nem iluminação pelos corredores...Era pura escuridão, Logo vimos uma luz, era outra porta. Ao abrirmos.....era o mesmo grande salão do qual estavamos antes de entrar nesse corredor. Todos olharam confusos uns pros outros.

- Será que por causa da escuridão demos meia-volta ?. - Gabi perguntou.

Pedro se virou para a porta da qual tinhamos acabado de sair e, ao abri-la, disse:

- Só há uma forma de saber...

Voltamos ao corredor e caminhamos até o fim dele novamente, prestando atenção para não mudarmos de rumo novamente....Apesar de que isso parecia improvavel. Ao abrirmos a porta...O mesmo salão. Fomos novamente pelo corredor e nos deparamos novamente com o salão. Luchi, já irritado, abriu o portão do qual era a que entramos no castelo e era exatamente a entrada....

- Não é possivel que estejamos nos perdendo tantas vezes!. - Luchi resmungou.

Eu estava em silêncio, tentando entender o que estava acontecendo....Não sentia aura alguma no local, então não poderia ser algum efeito arcano....Seria possivel que o castelo ineiro se movesse enquanto estamos no corredor ?...Não, eu observei a estrutura dele, não seria possivel...Mas...

- Alguem aqui acha que é possivel o castelo se mover enquanto estamos no corredor...?. - Perguntei.

- Claro que não, as velas se apagariam ou cairiam no chão com o movimento. - Thomas respondeu.

Pedro passou á observar cada detalhe da sala, parecia procurar alguma coisa. Thomas se sentou em uma das poltronas, para descansar, havia levado uma surra do seu reflexo. Gabi e Luchi estavam conversando no canto da sala, e eu parado, observando todos, pensando no nada. Logo fui até Pedro e perguntei:

- O que está procurando ?.

- Nada, estou procurando apenas alguma coisa que não tenhamos percebido antes. - Ele respondeu.

Encostei na parede e observei o local, não parecia ter nada que um salão de um castelo não tivesse. Pedro começou á olhar a parede central da sala de perto, parecia tentar decifrar alguma coisa.

- Venham cá. - Ele disse para todos. Logo nós todos estavamos olhando para a parede, Pedro apontava para um quadro, da mesma cor da parede, Era uma pintura muito conhecida na Bíblia: a figura de deus, sentado em uma nuvem, com o braço estendido em direção á um homem nu, que também estava com o braço estendido em direção á Deus.

- Uma versão incolor de um quadro famoso da Bíblia...Acho que estamos em algum território divino talvez. - Gabi perguntou.

Pedro, que estava analisando cada detalhe do quadro, respondeu:

- Esse quadro parece fazer parte da parede...

Logo Luchi se aproximou do quadro e colocou suas mãos sobre ele, começou á puxa-lo com força, mas o quadro não se mexia.



- Pare de idiotice. - Thomas disse, puxando Luchi para longe do quadro.

Olhei para o quadro, mas não percebi nada...Só parecia um quadro idiota feito na parede. Abaixei a cabeça e tentei descansar um pouco, Thomas continuava á olhar para o quadro impaciente e inquieto, logo levantou sua montante e começou á balança-la, parecendo estar tentando se destrair.

- Cuidado pra não acertar nada. - Pedro alertou.

Mas foi só Pedro ter alertado, para que Thomas se distraisse e batesse fortemente no quadro da parede, despedaçando-o.

- Santo.... - Luchi disse com um tom de vóz cabisbaixo.

Gabi logo começará a rir, mas antes que pudesse soltar a vóz, começamos á ouvir sussurros pela sala. Elas diziam algo em uma linguagem da qual não conheciamos, parecia latim misturado com japonês....

- O que é isso ?. - Perguntei, empunhando meu cajado.

Pedro, com a mão na bainha de sua katana, respondeu:

- Eu não sei, mas reunam....

E antes que pudesse completar a frase, rostos apareceram nas paredes, o local todo estava começando á tremer e o chão estava se rompendo. Todos os rostos nas paredes eram familiares para pelo menos um de nós...Eu enxergava os rostos de pessoas que conheci desde antes da guerra, até a minha infância. O solo logo começava á se separar e, estranhamente, eu não ouvia mais nada, conseguia enxergar Luchi gritando o nome de Gabi enquanto eram afastados, mas não conseguia ouvi-los. Ao olhar para baixo, Eu vi um enorme olho vermelho, que se abria enquanto os pedaços solo se separavam cada vez mais e....


Escuridão......


Quando abri meus olhos, eu estava de pé na mesma sala da qual eu estava antes de tudo aquilo ter acontecido, com o cajado na mão esquerda...Mas não havia ninguem comigo...Onde todos foram ?. Olhei ao meu redor e nada....Nenhum sinal de vida além de mim. Caminhei até o portão no canto esquerdo e o abri, para minha surpresa, o local estava iluminado por tochas....Não lembro de haver tochas nesse corredor em todas as vezes que passamos por ele....Bem, acho que a unica opção que tenho é seguir por esse corredor...

O corredor era longo, suas paredes eram feitas de grânito, assim como sua superfície. Continuei caminhando até que finalmente avistei uma porta, cujo era feita de madeira. A abri e me deparei com um lugar escuro....Quando dei o primeiro passo para dentro, todas as tochas do local se acenderam simultâneamente, e quando entrei no local, a porta se fechou sozinha e desapareceu. Na minha frente, eu enxergava um homem de capuz, com uma foice preta na mão com uma lâmina espelhada. Quando esse homem virou o rosto para mim, percebi que era branco e que seus olhos estavam cobertos por uma faixa preta. Aparentava ter minha idade, tinha a mesma altura que eu....

- Presumo que você seja meu outro lado... - Eu disse, com um tom de vóz confiante.

O homem simplesmente empunhou sua foice, parecia estar pronto para uma batalha. Logo transformei meu cajado em uma foice e a empunhei, dizendo:

- Tudo bem....vamos fazer disso uma luta justa.

O homem continuou intacto, e apesar da faixa nos olhos, sua expressão parecia me encarar...Eu permaneci parado, esperando que ele desse o primeiro ataque. O silêncio permanecia no que na verdade era um grande salão vazio, eu conseguia ouvir minha própria respiração. O tempo passava, e nós permaneciamos lá, parados.... Resolvi me manter na minha posição, não poderemos ficar nisso para sempre.

Passaram-se cerca de mais cinco minutos, e continuavamos parados no mesmo lugar, ninguem dava o primeiro golpe....Acho que ele não agirá se eu não agir primeiro...Acho que seria melhor dar um blefe. Fechei os olhos, respirei fundo e, ao abri-los, dei um passo para frente. Mas ao eu dar o passo, o homem desapareceu da minha frente. Meus olhos se arregalaram e, rapidamente, o homem havia aparecido atrás de mim e tentará me atacar com a foice. Consegui me defender com o cabo da minha foice, mas logo recebi um chute forte no estômago, cujo impulso me fez voar para longe.

Me levantei e olhei friamente para o homem enquanto estava me recompondo, mas logo o homem desapareceu de novo e logo apareceu acima de mim, preparando para descer com a foice vindo em direção á minha cabeça. Dei um salto para trás e logo revidei o golpe com um katar no rosto do homem com uma força que teria quebrado seu nariz, mas ele permaneceu intácto e logo me deu outro chute no tórax e tentou me atacar com a foice, consegui me recompor do cute á tempo de me defender do golpe da foice, mas o homem desapareceu assim que me defendi e reapareceu ao meu lado, socando meu rosto. Revidei o golpe com um chute diagonal, que o fez perder o equilibrio á tempo suficiente para eu lhe desferir um pontapé no peito, fazendo-o cair no chão, logo tentei ataca-lo com a foice, mas ele desapareceu novamente e re-apareceu me dando uma voadora nas costas.

- Você sabe como lutar....E, pra uma copia de mim, você sabe usar tecnicas bem diferentes. - Comentei sarcásticamente enquanto me levantava. Mas o homem havia desaparecido de novo....

Ele reapareceu em minha frente e tentou me lançar um katar, do qual consegui segurar com minha mão e lhe desferir uma rasteira, logo usei o cabo da foice para atingir sua cabeça, e ao tentar ataca-lo com a lâmina, ele desapareceu novamente....

- Isso já cansou... - Eu disse, já ficando frustrado com a tecnica dele.

Logo haviam sombras negras pelo corredor, e ele apareceu longe de mim, com sua foice apoiada no chão em sua frente, as sombras o cercavam e se multiplicavam rapidamente.

- Espiritos....Que interessante... - Eu comentei, surpreso com a habilidade que ele acaba de usar.

Logo empunhei minha foice contra o chão. O homem havia desaparecido de novo e os espiritos estavam ao meu redor, prontos para me atacar....Porém, começei á criar uma grande esfera de gravidade na minha frente, cujo absorvia os espiritos. Logo entrei na esfera, criando em minha volta uma barreira de espiritos.

- Vamos...Use sua habilidade de teletransporte... - Eu disse para provoca-lo.

O homem reapareceu exatamente onde já estava quando criou os espiritos e estendeu sua mão esquerda, ao estende-la, uma grande aura de luz se formou ao meu redor, uma aura tão pura que enfraquecia qualquer ser, e eu só não estava sendo enfraquecido por causa da barreira que estava me protegendo da aura, apesar de que a própria barreira estava enfraquecida por essa energia. E logo depois, o homem estalou os dedos da mesma mão, e, ao estala-las, tudo ao meu redor virou, por um segundo, escuridão, nesse segundo, eu ouvi os gritos mais aterrorizantes e mortais que já havia ouvido em toda a minha vida...Quando tudo voltou ao normal, eu não estava mais protegido...Todos os espiritos haviam sido dissipados, suas almas deixaram de existir.... Olhei surpreso para o homem e disse:

- Uma habilidade suprema de necromância...Afinal, o que você realmente é ?.

O homem permaneceu parado novamente, sem ação alguma....Se eu reagir, ele irá se teletransportar e me atacar, provavelmente pelas costas, se eu me defender do ataque da foice, ele me atacará com o corpo...E se ele me atacar com o corpo primeiro e eu me defender, ele atacará com outra parte do corpo....Bem....Acho que já sei o que fazer, melhor arriscar do que ficar parado aqui para sempre.

Logo dei um passo para frente, me preparando para saltar quando ele se teletransportasse mas....Ele continuou intacto...Dei outro passo e nada, ele continuava parado.

- Acabou a pilha ?. - Perguntei sarcásticamente.

Dei outro passo e nada....Será que ele está blefando ?. Quarto passo e nada, o que está acontecendo com ele ?, se cansou...?...Bem...Vamos ver...

Corri em direção ao homem, que continuava parado e, ao tentar ataca-lo com a foice em direção ao peito, ele se defendeu e logo me desferiu um contra-ataque com a foice em direção ao meu peito, consegui me defender facilmente do ataque...Tentei ataca-lo na perna, ele se defendeu e tentou me atacar na perna, mas consegui me defender facilmente de novo. Começei á desferir uma serie de golpes e, todas as vezes, ele se defendia e contra-atacava com o mesmo golpe....E o ciclo continuava á cada golpe.....Acho que...Entendi o porque.... Logo recuei para trás e ele também recuou....

Ele é uma parte de mim....Queira eu ou não....e....Acho que o intuito mais correto não é derrota-lo....mata-lo...Afinal jamais conseguiria matar alguem que conhece cada passo meu....Creio que eu deva me unificar á ele....Me tornar um com ele e controla-lo...

Dei alguns passos para frente, e ele também deu...Até que ficamos frente a frente um com o outro...Estendi minha mão e ele o mesmo e, ao toca-lo, ele simplesmente caminhou em minha direção, como uma sombra e entrou dentro de mim, sua foice se tornou minha foice...E eu sentia uma nova energia fluir dentro de mim....Enquanto isso, eu recapitulava, na minha mente, varias cenas dolorosas da minha vida...Varias coisas que resultaram na criação do meu lado negro...

- Agora vejo que você entende....O poder que há em perdoar á si mesmo....Entende que nada que aconteceu na sua vida é sua culpa integral.... - Uma vóz que parecia ser a minha me dizia enquanto as cenas passavam pela minha cabeça.

Logo voltei á realidade e o cajado agora continha um tipo de espelho que não mostrava reflexos...O portão de madeira estava de volta. Após retomar á consciência e a tontura passar, caminhei até o portão e pelo corredor, que estava novamente escuro...Quando sai pelo portão do outro lado do corredor, eu estava de volta á sala e todos estavam lá.

- Quem tava faltando chegou. - Thomas disse, parecendo estar cansado.

Olhei para todos, estavam todos bem...Pedro, sentado em uma das cadeiras, relaxava os pés...Gabi e Luchi conversavam no sofá e Thomas estava sentado no chão.

- Acho que fizemos o que eles disseram para fazer...E agora ?. - Pedro comentou.

Me sentei no chão, apoiado na parede, respirei fundo e respondi:

- E agora...Precisamos sair daqui.

Luchi se levantou e, enquanto caminhava, disse:

- E a melhor forma de fazer isso....

E, ao colocar suas mãos no portão de entrada, completou a frase:

- É pelo portão principal.

Luchi logo abriu o portão...

- Mas hein!? - Ele disse com um tom de vóz surpreso.

Todos estavam olhando para o portão e, quando me virei para olhar, havia um enorme corredor de pedra no lugar de florestas. Pedro se levantou, caminhou até o lado de Luchi e disse:

- Acho que essa pode ser nossa saida....Vamos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Chapter VI - Redentor

- Parece uma tropa infinita de anjos - Pedro comentou enquanto ceifava um anjo com sua katana.

Estavamos completamente cercados, a luta parecia inacabavel, quanto mais anjos matávamos, mais apareciam...Definitivamente esse lugar tem alguma importância para eles. Corriamos pela escadaria enquanto isso, Thomas parecia empolgado, matava os anjos com rapidez e eficiência. Gabi continuava a correr, começou á testar sua habílidade de teletransporte, usando-a para eliminar os anjos por trás. Luchi os ceifava usando especies de mini-tornados e Pedro usava golpes sobre-humanos e eu os eliminava com meu cajado, em forma de sabre, usando-o para despedaça-los. Quanto mais próximos chegávamos do Redentor, mais anjos apareciam, me pergunto o que há no topo.

- Quer saber ?, CANSEI DE VOCÊS!!!. - Thomas gritou, empunhando sua montante e logo depois disse:

- Luchi, use um tornado em mim.

Luchi não hesitou em faze-lo, ao tornado chegar próximo á Thomas, ele usou sua montante para capturar o tornado e logo começou a rodopiar, criando um tornado maior ainda em sua volta, que parecia atrair os anjos até ele. Porém, quando os anjos tocavam o tornado, eram dizimados.

- Vamos!. - Luchi disse em vóz alta.

Todos nós corremos até o topo enquanto Thomas matava os anjos, fazendo com que sobrassem poucos para nós matarmos. Chegando lá, nos deparamos com três homens de capuz e roupas arcanas....Um vestia vermelho, outro vestia azul e o terceiro vestia branco. Estavam dentro de um tipo de triângulo, algo que impedia nossa passagem até mais adiante. Acima deles, estava o portal e o Redentor....Eles não pareciam perceber que estávamos lá, estavam falando coisas juntos numa linguagem que desconheço. Era como um ritual.

- Estão sentindo essa aura ?. - Pedro peguntou, olhando para o portal.

- Sim...Aura pura, divina e celestial... - Luchi respondeu, também olhando para o portal.

Logo Gabi virou seu rosto até os três homens e perguntou:

- Quem são eles ?.

- Os três reis magos..... - Respondi.

- Pensei que eles só fossem uma lenda da Bíblia, aqueles que levaram três presentes para Jesus quando ele nasceu. - Kurenai comentou.

- Não, eles são reais...Segundo o Julgamento, eles são aqueles que trarão Jesus até esse mundo, e como vocês ja sabem...Jesus virá para fazer o Julgamento Final em nome de Deus. - Luchi explicou.

Dei dois passos para frente e disse:

- Estão prontos para enfrentá-los ?.

- Sim. - Kurenai respondeu, já com sua katana empunhada de forma horizontal.

- Novamente....showtime !. - Luchi disse, levantando sua glaive.

Enquanto isso Gabi permaneceu em silêncio, apenas empunhando seus punhais.

- Ei, não começem a verdadeira diversão sem mim!. - Thomas disse, se aproximando e se posicionou ao lado de Gabi.

Logo empunhei meu cajado, começei a formar um circulo arroxeada em uma uma das beiradas do triângulo, e ao completa-lo, uma pequena brecha se abriu. Os três reis magos pararam seu ritual e olharam em nossa direção, se posicionando um ao lado do outro.

- Finalmente chegaram....Prazer em conhece-los, mortais, me chamo Gaspar. - O de branco disse.

- Creio que vocês sejam o grupo de mortais que está ousando á desafiar Deus....Eu me chamo Melchior, fico gratificado que finalmente nos conhecemos. - O de vermelho disse logo em seguida.

- Por quê será que eles estão agindo tão calmamente ?. - Gabi questionou.

Thomas empunhou sua montante e disse com uma vóz firme:

- Nós não queremos nomes, queremos ir até o portal, mesmo que isso signifique ter de mata-los!.

- Tens certeza que queres fazer isso...Thomas ?. - O de azul respondeu.

- Cale a boca!!!. - Thomas gritou, logo correndo até os reis, mas logo foi impedido por um reflexo de si mesmo que apareceu subitamente, colidindo sua montante com a montante de Thomas.

O de azul deu um passo para frente e disse:

- Tolisse da sua parte tentar me atacar tão rapido....

Logo ele levantou sua mão e estalou os dedos, nesse momento, o reflexo de Thomas deu um golpe letal no próprio, fazendo-o cair no chão. Logo todos nós empunhamos nossas armas e fomos até onde Thomas estava.

- Creio que ainda não me apresentei...Meu nome é Balthasar.

Pedro, dando um passo para frente, comentou:

- Melchior, Gaspar e Balthasar...Exatamente como era dito na Bíblia.

Thomas se levantou, empunhou sua montante e respondeu:

- Acham que um pequeno truque como esse serve pra me abalar ?, pois se for, estão completamente enganados.

- Não seja tolo, nós não criamos isso, foi você mesmo. - Melchior respondeu.

- O que disse !?. - Pedro perguntou, parecendo estar surpreso.

- Esse é o reflexo do que há dentro de vocês....Seus poderes ocultos, seus demônios internos...Tudo carregado em apenas um reflexo. - Melchior respondeu.

Luchi se calou, colocou sua glaive para trás e correu e direção aos reis magos.

- Então me mostre qual é o meu demônio interno!!!.
- Ele gritou.

Atrás dele, apareceu outro Luchi, que lhe deu um golpe exatamente onde o anjo havia o atacado, logo começou a descer uma poça de sangue vinda de Luchi, que caia no chão, agonizando. Gabi e eu corremos até ele, enquanto Kurenai e Thomas tentavam dar conta de seus próprios reflexos.

- Amor!!!. - Gabi disse, demonstrando desespero em sua vóz.

Me ajoelhei ao lado de Luchi e disse:

- Por quê você fez isso ?.

- Porque eu prometi á mim e á todos que iria proteger vocês com a minha vida... - Ele respondeu, com a vóz baixa. Ainda saia muito sangue de seu corpo, logo empunhei meu cajado e o transformei em uma foice, me levantei e a empunhei contra Luchi.

- Isso vai doer... - Eu disse para ele.

- Já tô me acostumando com a dor mesmo... - Ele respondeu.

Logo coloquei a lâmina da foice para cima e a desci com força em direção ao ferimento dele, Mas logo fui impedido pelo punhal da Gabi.

- O que você vai fazer !?. - Ela perguntou, olhando nos meus olhos de forma desesperada.

- Necromância. - Respondi

- Eu não vou deixar você feri-lo mais do que ele já está. - Ela retrucou.

- D...Deixa ele fazer isso, anjo, sei que você não confia muito nele....Mas confie em mim. Eu sei o que ele irá fazer.... - Luchi disse, em vóz mais baixa ainda.

Gabi olhou para Luchi, logo abaixou a cabeça e se afastou. Empunhei minha foice novamente e a lançei contra a ferida de Luchi, perfurando-a. Logo a foice começou á absorver o sangue e, em seguida, fechar o ferimento aos poucos. Gabi olhava surpresa e, ao mesmo tempo, assustada. Estranhamente, os três reis magos apenas observavam aquilo, sem fazer nada, enquanto Pedro e Thomas estavam parados, observando também. Logo a ferida se fechou, e a unica coisa que realmente restou daquele golpe foi uma cicatriz. Tirei minha foice do corpo de Luchi, que se levantou prontamente como se estivesse com todas as energias de volta.

- Acho que te devo uma....Quando eu ficar milionário eu te pago, mas vou querer troco. - Ele disse, olhando para mim, e logo depois começou a rir. Sorri e logo olhei para onde os magos estã....estavam.....Não estavam mais lá....Onde foram ?.

Logo apareceram nossos reflexos em nossa frente e começamos á lutar contra eles incansavelmente. O meu reflexo parecia saber cada movimento meu, cada ação, cada ponto fraco....mas como ?. Luchi já estava bem, estava lutando perfeitamente.

- Pessoal, há alguma coisa entre nós, estou vendo um triângulo se formando. - Kurenai disse, enquanto se defendia rapidamente dos golpes de seu próprio reflexo.

Logo percebi isso também, mas era um pouco tarde: Um portal triângular se formou ao nosso redor, e ouviamos as vozes dos três reis magos dizendo:

- Mortais....Jamais chegarão ao plano divino enquanto não conseguirem vencer seu outro lado...Vou envia-los até o fim dos tempos....O lugar onde tudo começou e terminou....Onde vocês deverão encontrar á si mesmos...

O portal se tornou um grande buraco negro, que começou á nos absorver para dentro.

- Mas o que!?. - Luchi disse enquanto era absorvido.

Kurenai guardou sua Katana e disse em vóz alta:

- Fiquem juntos, se isso realmente é um buraco negro, podemos acabar sendo separados por ele.

Tentamos nos aproximar ao maximo até que fomos completamente absorvidos. Enquanto eramos levados por eles, vimos varias cenas de nossas vidas...Do nosso nascimento até hoje...Não sei o que está acontecendo ou para onde estamos indo....Não sei o que fizeram conosco, mas seja como for...É tarde para pensar nisso. Mas é algo interessante rever toda a sua vida....Momentos felizes...Momentos tristes....Coisas que você quer lembrar e coisas que você não quer lembrar...Uma vez li em um livro que, ao morrermos, passamos por um flashback de tudo que aconteceu em nossas vidas...Será que estamos morrendo...?

Meus olhos se abriram, estava bem escuro, enxergava plantas e parecia ter forças para me levantar. Quando me levantei, estava em frente á um tipo de castelo gigantesco, o céu estava escuro e não parecia ser nem dia, nem tarde e nem noite.....


domingo, 21 de junho de 2009

Chapter V: Luchi: Prelúdio de Morte

A ferida ainda estava aberta e doía, mas tinha que demonstrar força para o grupo, não poderia me deixar abalado, Gabi e Ht estavam batendo de frente, Caty fora para proteger o esconderijo dos humanos, e nada me explicou até agora o porque de usarmos armas e habilidades como teleporte, e além do mais, era pra eu ter morrido com aquele golpe…

Me recordo da conversa que tive com Gabi ao recuperar a consciência, Pedro e Thomas faziam o reconhecimento da area enquanto isso:


Amor…

Diga meu anjo…

Pensei que fosse te perder… – Seus olhos se encheram de lagrimas.

-Eu tô bem não tô? para com isso…

- Tá bem, mas… – hesitou por um segundo – o Ht parece estar tão indiferente quanto a tudo isso…

- E ele? Esta bem?

- Ainda inconsciente, mas esta bem – me respondeu apontando pro mesmo, que dormia profundamente.

- É o jeito dele, ele não demonstra muito o que sente…

- Não gosto disso, pessoas estão morrendo, minha família, a sua, de todos e ele parece nem ligar. >_<

- Calma… – Segurei sua mão – Prometo proteger a todos com a minha vida, tudo vai ficar bem…

- Eu te amo…

- Também te amo vida…

E depois disso, nas lutas que travamos até aqui e depois da briga dela com Ht, senti ela mais fria e distante, estou com medo do que possa acontecer…
Combinei com Thomas de ajudar a separa-los caso algo aconteça, pois vão acabar lutando se ficarem muito tempo juntos…

Agora estamos todos correndo em direção ao que parece um grande portal acima do Cristo, Gabi corre ao meu lado, sem muita expressão, Thomas já correu na frente e se atracou com um anjo, Pedro esta visivelmente preocupado, e Ht sobrio, como sempre.

Ainda me surpreendo com a ironia da frase "anjos estão destruindo o mundo" , bem, não é hora pra filosofar… Time to fight!